sábado, 1 de outubro de 2011

Quando falta prazer, sobra mal humor





Quem gosta de estar perto de alguém mal humorado? Quem gosta de conviver com o chefe ou um parceiro que está sempre de mau humor? Ninguém gosta, mas às vezes somos obrigados a suportar. O humor, assim como o perfume, quando é muito denso contamina com facilidade todo o ambiente. E da mesma forma que uma pessoa com excesso de perfume não consegue perceber o aroma que exala no ambiente, as pessoas com alto nível de mau humor também não conseguem perceber a contaminação que provocam.

É claro que o bom humor também contamina. Mas ele costuma esquentar o nosso coração, portanto, não há porque reclamar. O mau humor, ao contrário, esfria o coração e causa uma sensação de solidão. Ninguém consegue compartilhar um passeio agradável ao lado de uma pessoa de mau humor, por exemplo. As palavras e os gestos do parceiro mal humorado apagarão a claridade do dia, a beleza da natureza, o encanto da novidade.

Para alguns estudiosos as mulheres são mais propensas ao mau humor por causa do período pré-menstrual: a famosa TPM. Por certo, esse é um período muito difícil para o humor de algumas mulheres. Quem consegue manter o bom humor sentindo cólicas, dor de cabeça e tantos outros incômodos físicos. Mas nesses casos, o mau humor é pontual. Todo mundo tem “aquele dia” que acorda intragável. “Aquele dia” que o melhor a fazer seria não sair da cama.

Conviver com o mau humor do outro, nesses casos pontuais, faz parte do aprendizado da convivência. Há que se respeitar, mantendo uma distância estratégica. Não abordar questões polêmicas nesses dias. Protelar decisões importantes. E tantos outros “truques” que a gente vai aprendendo na convivência diária.

Mas quando o mau humor é o estado de espírito mais constante na vida do parceiro, aí a coisa complica. Pessoas com mau humor crônico têm dificuldade de lidar com o prazer. Estão sempre cobrando excessivamente de si mesma e dos outros. Têm baixo nível de tolerância para as frustrações. Normalmente são muitos impulsivas.  Não sabem esperar. Não sabem fazer projetos. Têm pouco sentimento de empatia, o que torna a convivência diária quase insuportável. Nesses casos, o melhor a fazer é incentivá-las a pedir ajuda de um profissional para que aprendam a olhar com mais amor e generosidade para si mesmas.

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