Quem
gosta de estar perto de alguém mal humorado? Quem gosta de conviver com o chefe
ou um parceiro que está sempre de mau humor? Ninguém gosta, mas às vezes somos
obrigados a suportar. O humor, assim como o perfume, quando é muito denso
contamina com facilidade todo o ambiente. E da mesma forma que uma pessoa com
excesso de perfume não consegue perceber o aroma que exala no ambiente, as
pessoas com alto nível de mau humor também não conseguem perceber a
contaminação que provocam.
É
claro que o bom humor também contamina. Mas ele costuma esquentar o nosso
coração, portanto, não há porque reclamar. O mau humor, ao contrário, esfria o
coração e causa uma sensação de solidão. Ninguém consegue compartilhar um
passeio agradável ao lado de uma pessoa de mau humor, por exemplo. As palavras
e os gestos do parceiro mal humorado apagarão a claridade do dia, a beleza da
natureza, o encanto da novidade.
Para
alguns estudiosos as mulheres são mais propensas ao mau humor por causa do
período pré-menstrual: a famosa TPM. Por certo, esse é um período muito difícil
para o humor de algumas mulheres. Quem consegue manter o bom humor sentindo
cólicas, dor de cabeça e tantos outros incômodos físicos. Mas nesses casos, o
mau humor é pontual. Todo mundo tem “aquele dia” que acorda intragável. “Aquele
dia” que o melhor a fazer seria não sair da cama.
Conviver
com o mau humor do outro, nesses casos pontuais, faz parte do aprendizado da
convivência. Há que se respeitar, mantendo uma distância estratégica. Não
abordar questões polêmicas nesses dias. Protelar decisões importantes. E tantos
outros “truques” que a gente vai aprendendo na convivência diária.
Mas
quando o mau humor é o estado de espírito mais constante na vida do parceiro,
aí a coisa complica. Pessoas com mau humor crônico têm dificuldade de lidar com
o prazer. Estão sempre cobrando excessivamente de si mesma e dos outros. Têm
baixo nível de tolerância para as frustrações. Normalmente são muitos impulsivas.
Não sabem esperar. Não sabem fazer
projetos. Têm pouco sentimento de empatia, o que torna a convivência diária quase
insuportável. Nesses casos, o melhor a fazer é incentivá-las a pedir ajuda de
um profissional para que aprendam a olhar com mais amor e generosidade para si
mesmas.
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