Elas são jovens, bonitas, inteligente, articuladas profissionalmente; mas fracassadas no amor. A cada dia é mais fácil encontrar mulheres dentro desse estereótipo. E o que é mais difícil de compreender, elas dão pouquíssimo valor a tantas características positivas, já que a frustração amorosa tende a coibir o sentimento prazeroso do sucesso.
Algumas até tem consciência que no campo profissional se saem muito bem. Mas essa consciência não é o suficiente para produzir bem estar emocional. O sentimento de solidão turva a imagem narcísica. Queixam-se dos insucessos afetivos, das relações fracassadas e dos desencontros amorosos.
Vivem cheias de medo. Medo da solidão. Medo de passar a época “ideal” de ter filhos. Medo de sair sozinha para se divertir. Medo de ficar sozinha para sempre. Medos que, como todos os medos, criam ansiedades, inibições e geram comportamentos defensivos.
Tornam-se mulheres magoadas, irritadas e frustradas com a vida. Esquecem que se relacionar é dar e receber ao mesmo tempo, é abrir-se para o novo, é aceitar e fazer-se aceito, buscar ser entendido e entender o outro. Quem, realmente, quer dividir a vida com outra pessoa precisa aprender a diminuir a carga imaginária dos medos.
Precisa aprender a correr os riscos da relação afetiva e a conhecer os seus limites para poder lidar com os limites do outro. Precisa aprender a gostar de dividir o seu espaço com outro e a escutar sem fazer julgamentos precipitados. Pois, a compreensão do outro inclui saber reconhecer e determinar as diferenças que existem naturalmente entre as pessoas, incluindo as experiências pessoais. E, finalmente, precisa ter consciência que se amor é um sentimento gratuito, a vivência amorosa exige um grande investimento emocional.
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