domingo, 10 de abril de 2011

O erotismo passa pela fantasia.


A maioria dos homens inicia a vida sexual com ejaculação precoce. Isso não é estranho nem problemático, pois a combinação de um desejo intenso com a pouca experiência antecipam a ejaculação por simples ansiedade. Por sorte dos garotos, nessa fase de grande potência, a quantidade compensa com vantagens a pouca qualidade do ato.


Muito tempo antes da primeira relação sexual, o jovem já dispõe de uma complexa rede de fantasias eróticas que serão utilizadas ao longo de sua vida, e que serão importantes para o seu desempenho sexual. Essas fantasias têm uma estrutura universal, mas são diferentes em cada ser humano. Todo homem inventa uma fantasia masturbatória, uma cena própria para gozar. Essa trama vai sendo criada a partir de vários fragmentos das experiências marcantes que ele viveu desde o início de sua vida. “Funciona como o segredo de um cofre onde se guarda, cuidadosamente, a chave do gozo.”

Muitos homens jamais revelam o conteúdo de suas fantasias, outros necessitam contar a parceira para que ela possa ocupar um papel na cena erótica. Nesse último caso, as coisas podem se complicar. Algumas vezes, a mulher não lida bem com as suas próprias fantasias (sim, mulheres também têm fantasias eróticas), e ter que vivenciar a fantasia do outro pode ser muito difícil para ela. Outras vezes, o desacordo pode ser referente ao papel que cada um deve ocupar na cena erótica. Por exemplo, se a mulher ocupa um papel passivo nas suas próprias fantasias – aquela que vai ser arrebatada por um herói - ela pode não sentir-se excitada por um papel ativo que o marido deseje que ela ocupe. Por fim, o caso mais complicado é quando se necessita de um terceiro para montar a cena erótica. Nesse caso, o sacrifício pode ser muito grande, já que cai por terra, do lado feminino, o véu romântico que encobre o ato sexual.

Maria Holthausen


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