quinta-feira, 25 de julho de 2013

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é conhecido como uma doença típica da infância. Crianças com esse quadro clínico apresentam falta de persistência nas atividades que envolvem concentração, não completa as tarefas, tem atividade excessiva e desorganizada. Podem ser também impulsiva e imprudente, propensa a acidentes e frequentemente apresenta problemas disciplinares por infração não premeditada de regras.Embora as crianças hiperativas tenham muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o quadro clínico é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento.


As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor varia rapidamente. Essas crianças tendem a ser muito apegadas às pessoas, precisam de muita atenção.  É importante para os pais perceberem que as crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais e não propositais.


Até a poucos anos acreditava-se que o TDAH melhorava ou desaparecia à medida que a criança tornava-se adulta. Sabe-se hoje, que esse transtorno persiste em cerca de 30% a 50% dos adultos que tiveram TDAH na infância. Em geral o transtorno é mais leve no adulto do que na criança, mas mesmo assim pode prejudicar bastante o cotidiano da pessoa.


A primeira condição para o diagnóstico de TDAH no adulto é constatar que a pessoa teve essa doença na infância. A doença não se inicia na idade adulta, trata-se da persistência da doença da criança no adulto.
  •  

Os sintomas principais do TDAH no adulto são:

Déficit de atenção: a pessoa distrai-se com facilidade, comete erros por distração no trabalho ou nas atividades que exigem concentração, é desorganizada, "avoada", esquece compromissos assumidos, perde seus objetos ou não lembra onde os deixou, não presta atenção quando alguém está falando consigo, "sonha acordado".

Hiperatividade motora: agitação ou inquietação constantes. A pessoa não consegue ficar muito tempo parado, está sempre "a todo vapor", se está sentado fica mexendo os dedos, os pés, não consegue assistir TV ou um filme sem se levantar. Há uma movimentação excessiva e desnecessária para o contexto.


Outros sintomas característicos são:
Labilidade afetiva: oscilações entre tristeza e euforia,  mudanças bruscas de humor.
Temperamento explosivo: "pavio curto", brigas e discussões por motivos fúteis, perda de controle.
Hiperatividade emocional: "fazem tempestade em copo d’agua". Tem dificuldade de lidar com situações de pressão e de estresse.
Desorganização: mesas desarrumadas no trabalho, perda de documentos importantes, relatórios mal feitos,
Impulsividade: decisões são tomadas sem pensar, rompem ou iniciam relacionamentos/casamentos abruptamente, deixam empregos subitamente.


Além do comprometimento em diferentes áreas - social, profissional, familiar -, o que mais nos preocupa nesse quadro é que muito frequentemente essas pessoas fazem também abuso de drogas (álcool, cocaína...) e podem apresentar outros transtornos mentais concomitantemente: depressão, ansiedade.


TRATAMENTO
O acompanhamento terapêutico associado ao psicopedagógico tem ótimos resultados na grande maioria dos casos. Quando outros transtornos são associados ao quadro faz-se necessário o uso de medicamentos.


Maria Holthausen




Nenhum comentário:

Postar um comentário