sábado, 3 de março de 2012

Separação: Precisa ser uma tragédia?




Todo processo de separação provoca dor. No entanto, nem toda separação precisa se transformar em uma tragédia Grega. Luto, insegurança, instabilidade emocional, culpa, medo, estresse e vários outros sentimentos difíceis de conviver, fazem parte do processo de toda separação.
Se o casal tem filhos a dificuldade aumenta. Eles também vão sofrer com o processo, e os pais se sentem ainda mais culpados. Para não aumentar o sofrimento dos filhos, alguns casais superam suas inseguranças e medos e obrigam-se a usar o bom senso num momento em que as atitudes passionais parecem ser as mais adequadas.

È muito bom quando isso acontece. Afinal, com filhos no meio, a relação nunca se desfaz totalmente. O casal pode se separar, cada um dos parceiros pode construir uma nova família. E, mesmo assim, continuarão sendo o pai e a mãe das crianças que geraram. Não existe ex-pai ou ex-mãe. Filhos são pessoas com quem temos vínculos sanguíneos, esse tipo de vínculo jamais se desfaz. 

Essa constatação pode ser considerada até simplória, todo mundo sabe. Mais acreditem, as pessoas esquecem. Um homem que faz as malas e sai de casa, está desfazendo um contrato civil que um dia escolheu assinar. Ele deixa de ser casado, mais não deixa de ser pai. O mesmo acontece com uma mulher que toma a mesma decisão.  Portanto, ainda no momento da separação o comportamento dos pais servirá de modelo para os filhos.
Em nome desse vínculo indissolúvel com os filhos, é aconselhável que o casal procure ajuda de um profissional sempre que sentir dificuldade para lidar com a carga emocional provocada pela dissolução dos laços matrimoniais. Existem vários modelos de trabalho, na área da psicologia, que podem fazer diferença significativa nessas horas.

O modelo mais conhecido é o da terapia de casal. Neste modelo, o casal escolhe um profissional para falar sobre as suas dificuldades no processo. Ou seja, fazem sessões juntos. Outro modelo é o da terapia de família. Como o nome já diz, toda a família vai participar desse trabalho. Cada um irá dividir com os outros membros da família, suas dores e pontos de vistas.

Por fim, há, também, a possibilidade de cada um dos parceiros fazer seu trabalho com um profissional diferente: análise individual. Neste caso, vai-se aprender a lidar com a desestabilização provocada pelo fracasso das fantasias, e reconhecer que o espaço vazio deixado pelo parceiro abre-se para uma nova topologia do desejo.
           

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