Todo
processo de separação provoca dor. No entanto, nem toda separação precisa se
transformar em uma tragédia Grega. Luto, insegurança, instabilidade emocional, culpa,
medo, estresse e vários outros sentimentos difíceis de conviver, fazem parte do
processo de toda separação.
Se
o casal tem filhos a dificuldade aumenta. Eles também vão sofrer com o
processo, e os pais se sentem ainda mais culpados. Para não aumentar o sofrimento
dos filhos, alguns casais superam suas inseguranças e medos e obrigam-se a usar
o bom senso num momento em que as atitudes passionais parecem ser as mais
adequadas.
È muito bom quando isso acontece. Afinal, com filhos no meio, a relação nunca se desfaz totalmente. O casal pode se separar, cada um dos parceiros pode construir uma nova família. E, mesmo assim, continuarão sendo o pai e a mãe das crianças que geraram. Não existe ex-pai ou ex-mãe. Filhos são pessoas com quem temos vínculos sanguíneos, esse tipo de vínculo jamais se desfaz.
Essa
constatação pode ser considerada até simplória, todo mundo sabe. Mais
acreditem, as pessoas esquecem. Um homem que faz as malas e sai de casa, está
desfazendo um contrato civil que um dia escolheu assinar. Ele deixa de ser
casado, mais não deixa de ser pai. O mesmo acontece com uma mulher que toma a mesma
decisão.
Portanto,
ainda no momento da separação o comportamento dos pais servirá de modelo para
os filhos.
Em
nome desse vínculo indissolúvel com os filhos, é aconselhável que o casal
procure ajuda de um profissional sempre que sentir dificuldade para lidar com a
carga emocional provocada pela dissolução dos laços matrimoniais. Existem
vários modelos de trabalho, na área da psicologia, que podem fazer diferença
significativa nessas horas.
O
modelo mais conhecido é o da terapia de
casal. Neste modelo, o casal escolhe um profissional para falar sobre as
suas dificuldades no processo. Ou seja, fazem sessões juntos. Outro modelo é o
da terapia de família. Como o nome já
diz, toda a família vai participar desse trabalho. Cada um irá dividir com os
outros membros da família, suas dores e pontos de vistas.
Por
fim, há, também, a possibilidade de cada um dos parceiros fazer seu trabalho
com um profissional diferente: análise
individual. Neste caso, vai-se aprender a lidar com a desestabilização
provocada pelo fracasso das fantasias, e reconhecer que o espaço vazio deixado
pelo parceiro abre-se para uma nova topologia do desejo.
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