Alguns casais são como água e óleo. Tão diferentes que é quase impossível acreditar que se mantenham juntos por muito tempo. Por exemplo, ele é do tipo organizado, metódico e conservador. Ela é impulsiva, passional e liberal.
Em casais com essa dinâmica só existe uma fórmula para se manter juntos e com harmonia, o respeito pela diferença. Fora dessa “fórmula” a diferença é percebida como negativa: o outro não é igual a mim, portanto, o outro é inferior, ou menor que eu. Nesta segunda perspectiva, as diferenças se transformam em queixas. Ela compra demais – reclama ele. Ele é um pão duro, só pensa no futuro - responde ela.
Contudo, quando o casal percebe a diferença com respeito e, até mesmo, com interesse, é bem provável que a transforme em uma oportunidade criativa de aprendizado e mudança. Se o outro tem algumas características que me faltam, posso aprender com ele. Posso estabelecer, através da convivência diária, comportamentos que muitas vezes me fazem falta.
Não é fácil mudar, todo mundo sabe disso. Tendemos a ser radicais em nosso modo de ser na vida. Não importa se somos conservadores ou liberais, somos sempre previsíveis. Uma das possibilidades de sair dessa matriz fantasmática, que transforma nossos hábitos diários numa infinita repetição, é o laço amoroso. O atravessamento diário de comportamentos e visões do mundo diferentes acaba, se dermos autorização, nos obrigando a perceber que existem outros pontos de vistas, outras formas de alcançar nossos objetivos.
Mas é importante essa autorização, esse querer olhar para a diferença de forma positiva. Essa é a magia.
No entanto, se você é daquelas pessoas que prefere pagar o preço de ser como é, a ter que fazer alguma mudança no seu modo de ser na vida, ao menos tenha o bom senso de saber que, em algumas ocasiões, a impulsividade é a melhor forma de resolver um problema. Em outras, um bom planejamento é a melhor solução. Saiba dividir com o outro as escolhas do casal.
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