segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

COMO É SEU PARCEIRO IDEAL?



Como é seu parceiro ideal? Qual o tipo de homem que você procura? Essas perguntas ressoam por aí. Desde o bate papo entre amigas, não importa a idade; até as entrevistas dos “caderno de comportamento” da mídia escrita. Afinal, se ainda não encontrei o “amor de minha vida”, “minha cara metade” tento me convencer que estou procurando. E que sei muito bem o que estou procurando.

Sabemos que há uma enorme diferença entre querer e desejar. Algumas coisas são colocadas no campo do querer, outras no campo do desejo. Quando dizemos: Eu quero um namorado. Estamos conscientes desse “querer”. Sentimos necessidade de ter alguém e por isso vamos à luta para encontrá-lo. Neste campo do querer – da consciência ou do “eu” -, dispomos de uma lista enorme de qualidades que queremos encontrar num parceiro.

“Eu quero” um homem gentil e engraçado. Alguém que me faça rir, um parceiro de festas. “Eu quero” um homem que seja independente financeiramente. Que não dependa de mim, nem dos pais para pagar suas contas. “Eu quero” um homem que goste de animais. Ou ao menos, que respeite minha luta na defesa dos animais. “Eu quero” alguém que não trabalhe o tempo todo. Que tenha tempo para curtir a vida. Essas são algumas das “qualidades” do homem ideal para a maioria das mulheres.

Mas o amor não está no campo do querer. Ele é da ordem do desejo, que é inconsciente e, portanto, contingente. Eu não encontro o amor da minha vida porque “quero” encontrar. Assim como encontro o vestido para formatura, ou para as festas de final de ano. O homem que vai mexer com a minha libido e com as minhas fantasias mais primaria, aparece de repente. E pode ter, ou não, algumas daquelas características do homem ideal que eu costumava relacionar.

Sim, ele é o homem ideal. Mas de uma idealidade que desconheço totalmente. Ele tem traços de uma idealidade que geralmente não confesso nem para mim mesma. Por isso, o amor é uma incógnita. Por esse motivo, os poetas podem dizer: O amor tem razões que a própria razão desconhece.

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