sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Um ponto de partida na luta contra a depressão



Sem dúvida que um dos grandes problemas da depressão é a perda de qualidade de vida – os sintomas como desânimo, tristeza e irritação frequente afastam os depressivos do convívio com as pessoas, reduzem suas interações sociais e até seu nível de atividade geral. Obesidade, insônia e dores pelo corpo são apenas alguns dos sintomas que se seguem desse quadro.
Um estudo recente mostrou que atividades físicas, mesmo as recreativas, podem reduzir o risco dos sintomas da depressão na vida dos pacientes. Acompanhando a saúde de mais de quinze mil pessoas no Canadá, os pesquisadores se focaram naqueles que tinham boa qualidade de vida, observando o que poderia colocar tal qualidade em risco. Evidentemente a depressão era um fator de risco importante. No entanto, quando as pessoas faziam alguma atividade física, mesmo que sem grande intensidade, o risco diminuía em 70%. Por outro lado, o sedentarismo aumentava em 40% o risco de perder qualidade de vida em pacientes deprimidos.
Segundo a pesquisa, tanto os exercícios leves como os moderados, se feitos diariamente, funcionam tão bem quanto à inclusão de uma nova droga ao tratamento.  Caminhar, andar de bicicleta, passear com o cachorro, nadar: em qualquer dessas atividades a regularidade é fundamental. Afinal, independente da melhora clínica dos sintomas, manter a qualidade de vida já é um grande passo no combate à depressão.

FONTE: Patten SB, Williams JV, Lavorato DH, & Bulloch AG (2013). Recreational physical activity ameliorates some of the negative impact of major depression on health-related quality of life. Frontiers in psychiatry, 4 PMID 



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