Não acredito na separação mente e corpo. Acredito que os afetos afetam o corpo, assim como, as dores do corpo afetam os nossos humores. Por isso mesmo, nem sempre uma dor nas costas tem significado emocional. Muitas vezes, é consequência de vício de postura. Outras vezes, é falta de potência muscular.
Faz parte da cultura contemporânea o ideal do corpo trabalhado. Vai-se a academia para ficar “sarado”: ganhar firmeza muscular, perder gordura, moldar o corpo. Esse ideal estético, perseguido por alguns e desprezado por outros, é o que sustenta o interesse de muita gente na buscar dos exercícios físicos.
Não faço nenhuma crítica aos ideais estéticos. Como já propunham os sábios gregos, o cuidado estético faz parte do cuidado de si. Mas acredito que os exercícios físicos, nesses tempos sedentários, fazem parte do cuidado com a saúde.
Durante muitos anos, acreditamos que cuidar da saúde era ir periodicamente ao médico. Hoje o conceito de saúde está muito mais amplo. Fazem parte da noção de saúde o nosso bem estar físico e emocional. Trabalhar com o emocional produz efeitos no corpo. Assim como, trabalhar com o corpo produz efeitos na vida emocional.
O exercício físico não vai curar uma dor dente, nem um câncer, nem uma depressão. Mas pode ter uma influência importante na eficácia do tratamento dessas ou de qualquer outra doença. Por isso mesmo, aqui vai o conselho da minha avó: Tire a bunda dessa cadeira, saia de frente do computador e vá caminhar, dançar, fazer musculação, pilates, artes marciais, ioga.... ou que você mais gostar.
Afinal, como bem canta Zélia Duncan:
Me cansei de lero-lero
Dá licença
Mas eu vou sair do sério
Quero mais saúde
Me cansei de escutar
Opinião
De como ter um mundo melhor
Mas ninguém sai de cima
Nesse chove-não-molha
Eu sei que agora
Eu vou é cuidar
Mais de mim!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário