O envelhecimento da população é um fenômeno mundial
e contemporâneo. É cada vez maior a porcentagem de idosos no planeta e, com
isso, cresce a preocupação com a saúde desta população.
Quando o idoso torna-se dependente, por razões
financeiras, de saúde ou perda do conjugue; geralmente passa a morar com algum
membro de sua família. Este convívio pode ser bastante turbulento para ambas
as partes se não forem tomadas uma série de precauções. As pessoas que cuidam
ou convivem com um idoso precisam ter atenção a atitudes que podem comprometer
o relacionamento, além de abrir portas para doenças como a depressão.
O estado depressivo na terceira idade se
caracteriza principalmente por um humor deprimido, melancólico e geralmente vem
acompanhada de ansiedade e tensão muscular. A incidência da doença
aumenta significativamente após a morte de um cônjuge. Este é um dos dez
acontecimentos mais estressantes na vida que podem levar a depressão.
As particularidades da depressão do idoso são
queixas somáticas como, dores crônicas, cansaço e distúrbios de apetite. Dentre os
sintomas psicológicos, o mais frequente são: A perda da capacidade de sentir
prazer e déficits cognitivos, particularmente de memória. Inquietação,
insegurança e hostilidade. Irritabilidade e Agressividade. Insônia e/ou excesso
de sono.
Pelo sofrimento causado ao idoso e seus familiares, é importante procurar
ajuda profissional para um tratamento adequado. No convívio diário, gestos
simples - como o de inserir o idoso na rotina da casa, perguntando o que ele
quer comer, pedindo a sua opinião sobre determinado programa de televisão, ou
até mesmo qual passeio gostaria de fazer no fim de semana -; ajudam na
integração do convívio familiar.
A diferença da depressão no idoso com relação aos
indivíduos de outras faixas etárias é que este já sofreu, naturalmente, uma
redução em seu convívio social. Se aliado a isto não se sentir importante e não
puder participar do dia-a-dia dos familiares próximos, ficará desestimulado e
acabará se isolando por iniciativa própria. A partir daí, irá se alimentar
menos, movimentar-se menos e ficar mais sonolento. Está aberta uma porta para
doenças como desnutrição, processos infecciosos, desidratação ou deterioração
orgânica e muscular, que acabam acelerando o envelhecimento.