segunda-feira, 26 de julho de 2010

Gerenciar a carreira exige reflexão


Como diria a minha avó, as boas intenções pavimentam o caminho para o inferno. Ou seja, não podemos deixar de perceber as situações nas quais, em nome de uma suposta proteção ou de uma ordem de coisas julgadas mais fáceis, perpetuam-se constrangimentos e frustrações maiores do que aquelas que se pretendia evitar.

Por isso mesmo, de vez enquanto, é preciso parar e perguntar: “Estou conduzindo a minha vida profissional ou deixei na mão de outros o poder de decidi-la?”
Com as mudanças nos vínculos de trabalho e a quebra na relação paternalista entre empresa e funcionário, tão comum até a década de 90 no Brasil, uma carreira de sucesso é resultado de autoconhecimento, percepção de contexto e muita capacidade de aprender e de ensinar.
Em primeiro lugar, é essencial num processo de autoanálise, determinar os seus motivadores de carreira. Isto é, o conjunto de competências e valores que o(a) distinguem dos outros e influenciam as suas escolhas e seu desempenho. Um bom caminho para descobri-los é pensar naquelas coisas das quais você não abriria mão de forma alguma, pois se o fizesse se tornaria uma pessoa infeliz.
Edgard Schein – influente teórico na área da psicologia organizacional – denomina esses motivadores de “âncoras de carreira”. São elas: Estilo de vida, coloca a qualidade de vida como ponto fundamental. Independência, frequente em profissionais autônomos. Desafio puro, é o que move aqueles que rapidamente se sentem apáticos com a perspectiva de estabelecer uma rotina. Segurança e estabilidade, necessidade típica das pessoas que buscam concursos públicos. Competência técnica e funcional, própria daqueles que optam por carreira em Y. Criatividade empresarial, motivação que caracteriza os empreendedores, Competência administrativa geral, comum aos que alcançam os cargos de presidente. Dedicação a uma Causa, muito comum naqueles que se dedicam aos trabalhos comunitários, porém, agora, também é frequente no ambiente empresarial.
O próximo passo é considerar todas as áreas da sua vida: profissional, familiar, afetiva e social. Leve em conta tanto os sucessos como os fracassos e quanto aprendeu com eles. Saber lidar com as frustrações é um fator determinante em uma carreira bem-sucedida.
E, por fim, tenha sempre em mente que a responsabilidade de permanecer em uma organização que o(a) faz se sentir infeliz é sua, e não da empresa. Pois, como dizia o gato risonho de Alice no país das Maravilhas: Se você não sabe para onde ir, todos os caminhos levam a lugar nenhum.


Nenhum comentário:

Postar um comentário